Renda fixa: o que é e como investir?
Tempo de leitura: 16 minutos
Saiba como funciona a renda fixa e aprenda a dar os primeiros passos no mundo dos investimentos!
Normalmente, a renda fixa é a porta de entrada para muitos investidores, já que esses títulos são mais estáveis do que outros tipos de investimentos, além de possuírem maior previsibilidade de rendimento e, em alguns casos, alta liquidez.
Com o aumento da taxa básica de juros nos últimos anos, a renda fixa tem ficado cada vez mais atrativa – afinal de contas, muitos produtos são atrelados à própria Selic.
Para você entender mais sobre como funciona a renda fixa e seus principais títulos, leia o artigo que o blog do Bmg preparou e saiba como iniciar sua jornada no mercado financeiro!
Renda fixa: o que é?
A renda fixa é uma modalidade de investimento em que, na maioria das vezes, é possível ter uma previsão sobre o quanto seu dinheiro irá render no final da aplicação.
Essa taxa de remuneração pode ser atrelada a diferentes indexadores, como:
• Selic (taxa básica de juros)
• IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
• CDI (Certificado de Depósito Interbancário)
Além dos indicadores listados acima, alguns investimentos de renda fixa também podem ser prefixados a uma taxa específica no momento da contratação.
Na prática, a renda fixa funciona assim: ao aplicar em algum produto dessa modalidade, você empresta seu dinheiro ao governo federal (título público) ou a alguma instituição financeira ou empresa (título privado). Em troca, quem recebe seu dinheiro se compromete a devolvê-lo com juros na data de vencimento.
Veja o exemplo a seguir:
João pretende viajar e, para isso, decidiu investir R$ 1 mil em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com prazo de dois anos e com rendimento de 110% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Isso significa que, depois de 24 meses (dois anos), ele poderá resgatar o dinheiro inicialmente investido (R$ 1 mil) e os juros que renderam neste período.
Tipos de investimentos de renda fixa
Existem várias opções de renda fixa para diferentes perfis de investidores. Abaixo, listamos os principais tipos:
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um investimento de renda fixa criado pelo Tesouro Nacional em conjunto com a B3, a bolsa de valores do Brasil. Por meio da plataforma oficial deles, qualquer pessoa física pode investir seu dinheiro em títulos públicos de forma totalmente online.
Ao aplicar em Tesouro Direto, o investidor empresta seu dinheiro ao governo federal, que usará essa captação para financiar diferentes áreas do país, como saúde e educação pública. Em troca, o investidor receberá seu dinheiro de volta no prazo determinado, bem como os juros acumulados no período.
Por conta disso, essa é uma aplicação considerada segura por muitos especialistas do mercado financeiro, uma vez que o risco de crédito (possibilidade de o emissor não honrar com o pagamento) é baixo.
Um dos benefícios do Tesouro Direto é o fato de existirem diferentes títulos, cada um focado em um propósito. Confira mais detalhes a seguir:
• Tesouro Selic: é um investimento que acompanha a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Com isso, se a taxa subir, o título terá um rendimento maior no prazo final da aplicação – e isso também vale caso a Selic seja reduzida.
• Tesouro IPCA+: esse tipo de aplicação acompanha dois indexadores, sendo uma taxa prefixada e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Dessa forma, o ganho real é sempre garantido, já que a rentabilidade sempre vai superar a inflação.
• Tesouro Prefixado: aqui, o investidor já fica sabendo exatamente quanto seu dinheiro irá render ao final da aplicação, uma vez que se trata de um título com rentabilidade definida no momento da contratação.
• Tesouro Educa+: esse é um investimento voltado para custear a educação privada. O rendimento dele é parecido com o Tesouro IPCA+, ou seja: taxa prefixada mais a variação da inflação oficial brasileira.
• Tesouro Renda+: parecido com o título anterior, o Tesouro Renda+ é destinado para quem investe pensando na aposentadoria, ou seja, no longo prazo. Seu rendimento também é atrelado à inflação, o que garante um ganho real.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título privado e funciona da seguinte forma: você empresta seu dinheiro a alguma instituição financeira, que te devolverá a quantia aplicada corrigida com juros após o prazo acordado.
Ele pode ser prefixado, que é quando a taxa já é definida no momento da contratação, ou pós-fixado, que acompanha de perto algum indexador, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Uma vantagem do CDB, assim como outros tipos de investimentos de renda fixa, é que ele é assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instituição que protege suas aplicações em até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.
Isso significa que, caso haja algum imprevisto, você terá seu investimento protegido até o limite do FGC.
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LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um título emitido por instituições financeiras para financiar o mercado imobiliário.
Na prática, o dinheiro investido em LCI será utilizado pelo banco para oferecer crédito para o mercado imobiliário. Depois, na data combinada, você receberá seu dinheiro de volta acrescido de juros.
Esse tipo de investimento também conta com proteção do FGC, além de ser isento de Imposto de Renda (IR).
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é bastante similar à LCI, mas voltada para créditos relacionados ao agronegócio, como o próprio nome já diz.
O título também é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito e possui isenção de Imposto de Renda.
LF (Letra Financeira)
A Letra Financeira (LF) também é um título emitido por instituições financeiras. No entanto, ela possui duas características que a diferem de outros investimentos de renda fixa:
• Prazo: seu prazo de aplicação é mais longo (no mínimo dois anos)
• Valor: o valor inicial para aplicar em LF é maior do que a maioria dos títulos de renda fixa (a partir de R$ 50 mil)
Outro ponto é que a LF não é coberta pelo FGC, o que torna um produto com risco maior em relação a um CDB, por exemplo.
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)
O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título de renda fixa emitido por uma securitizadora, que tem como objetivo transformar os créditos a receber em títulos que podem ser negociados no mercado financeiro.
Em outras palavras, uma securitizadora paga à vista (e com desconto) à construtora ou incorporadora o valor que a empresa receberia de forma parcelada dos seus clientes. Em contrapartida, essa securitizadora passa a receber o valor integral dos pagamentos mensais.
Dessa forma, ao investir em CRI, você está emprestando dinheiro para financiar algum projeto relacionado ao setor imobiliário.
Vale lembrar que os CRIs são isentos de Imposto de Renda e oferecem opções de rentabilidade prefixadas e pós-fixadas. Contudo, eles possuem um risco mais elevado que o CDB, visto que não são cobertos pelo FGC.
CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)
O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) funciona basicamente como o CRI, mas com a diferença de que o dinheiro captado é destinado para financiar algum projeto do setor agropecuário.
→ Leia também: Qual o melhor investimento hoje para iniciantes?
Qual o melhor investimento em renda fixa?
A resposta para essa pergunta é: depende. Isso porque cada pessoa possui suas próprias características ao investir, como a tolerância de assumir riscos, o tempo que pretende investir seu dinheiro e quais são seus objetivos financeiros.
De forma geral, não existe um investimento específico de renda fixa que seja considerado o ideal para todos os públicos, já que isso vai depender de qual perfil faz mais sentido para você.
Chamamos essa análise de perfil de investidor, que é uma classificação que tem como objetivo relacionar o investimento ideal para cada tipo de investidor. Esse processo é importante para que cada pessoa escolha a aplicação mais adequada aos seus objetivos financeiros e que, com isso, evite possíveis frustações.
Vale lembrar que o preenchimento do perfil de investidor é obrigatório antes de você iniciar sua jornada no mercado financeiro. Além de ser um processo rápido, a instituição financeira costuma recomendar os produtos mais apropriados para você após a finalização desse formulário − o que dá uma direção para os investidores iniciantes.
Confira abaixo quais são os perfis:
Perfil conservador
O perfil conservador é aquele que prefere aplicações com baixo risco, ou seja, é o investidor que preza mais pela segurança do que por retornos mais expressivos.
Perfil moderado
Já o perfil moderado é um meio termo entre os outros dois perfis. Ou seja, é aquele investidor que se preocupa com a questão de segurança, mas que, ao mesmo tempo, também assume certo risco em troca de uma rentabilidade maior.
Perfil arrojado
Enquanto isso, o perfil arrojado é o investidor mais tolerante ao risco. Geralmente, é uma pessoa com mais experiência no mercado e que não se abala por eventuais perdas, já que aplica no longo prazo.
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Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?
Enquanto a renda fixa possui uma previsibilidade de quanto seu dinheiro irá render ao final do contrato, a renda variável conta com oscilações de mercado e isso não garante que você terá lucro ao resgatar seu dinheiro.
Veja o exemplo abaixo:
Renda fixa
Maria investiu R$ 1 mil no CDB Super Poup do Bmg, que possui rendimento de 110% do CDI. No dia do resgate, ela vai ter de volta o valor inicialmente investido acompanhado dos juros que renderam no período.
Ou seja: o dinheiro resgatado não será inferior à sua aplicação inicial, que foi de R$ 1 mil.
Renda variável
Por outro lado, se Maria decidir investir R$ 1 mil em ações na bolsa de valores, ela não saberá o valor exato que resgatará.
Maria poderá ter tanto prejuízo quanto lucro, já que o valor das ações varia constantemente e esses ativos são impactados por vários fatores, como divulgação de resultados trimestrais, indicadores econômicos atrelados ao negócio ou alguma repercussão envolvendo a empresa.
Um bom exemplo disso foi quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de coronavírus em 2020. Na época, as bolsas ao redor do mundo foram bastante impactadas e vários setores enfrentaram dificuldades para recuperar os patamares pré-pandemia.
Por isso, a renda variável é mais indicada para quem tem mais experiência e investe pensando no longo prazo, além de estar disposto a correr riscos.
Qual a rentabilidade da renda fixa?
A rentabilidade da renda fixa costuma variar de acordo o prazo de investimento e os indexadores, ou seja, as taxas que são utilizadas como referência.
De modo geral, podemos classificar a renda fixa em três pilares: títulos prefixados, títulos pós-fixados e títulos híbridos.
Prefixado
Os títulos prefixados de renda fixa são aqueles que possuem taxa de rentabilidade definida no momento do investimento.
Dessa forma, caso você invista em um título prefixado com rentabilidade de 10% ao ano, isso significa que, independente da variação da inflação e da taxa Selic, você receberá o seu dinheiro de volta acrescido de exatamente 10% no período.
Pós-fixado
Enquanto isso, os investimentos pós-fixados oferecem uma rentabilidade atrelada a algum índice de referência, como a taxa básica de juros e a inflação.
Com isso, não é possível ter uma previsibilidade tão assertiva ao aplicar nesse tipo de título, visto que os indicadores usados como referência sofrem oscilações ao longo do ano. Basicamente, esses índices estão atrelados à economia do país.
Híbrido
Já os títulos híbridos, ou mistos, combinam uma taxa prefixada (variável) mais um índice de referência.
Um exemplo é o CDB IPCA+ do Bmg, que possui rendimento prefixado, além da variação da inflação brasileira, o que garante um aumento real para sua carteira de investimento.
É seguro investir em renda fixa?
A renda fixa é um investimento que oferece retornos mais previsíveis e, em alguns casos, conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em até R$ 250 mil investidos por CPF ou CNPJ.
Por conta dessas características, a renda fixa é considerada por muitos especialistas do mercado como um tipo de investimento seguro. No entanto, é bom lembrar que existem riscos, assim como qualquer aplicação financeira, e que eles estão associados ao tipo do título e de quem emitiu.
Quando falamos do mercado de investimentos, é importante citar quais são os riscos para você ficar atento. Veja:
Risco de mercado
O risco de mercado é atrelado à possibilidade de perdas financeiras levando em consideração as mudanças no cenário macroeconômico, ou seja, nas condições do mercado.
Risco de crédito
Por sua vez, o risco de crédito ocorre quando o emissor do título não tem mais a capacidade de cumprir suas obrigações financeiras com o investidor.
No caso de títulos bancários, o risco é considerado baixo, uma vez que eles são, em grande parte, cobertos pelo FGC até um determinado volume investido
Risco de liquidez
Esse tipo de risco se refere à dificuldade de transformar o título em dinheiro vivo. Isso depende se o investimento tem pouca procura no mercado.
Como investir em renda fixa no Bmg?
Você pode investir nos títulos de renda fixa pelo Banco Bmg em poucos passos. Confira as etapas logo abaixo:
• Baixe o app do Bmg e abra sua conta (disponível para iOS e Android)
• Acesse a aba “Investimento” na aba inferior à direita e preencha seu perfil de investidor (essa etapa é rápida, simples e obrigatória)
• Deposite na sua conta o valor que deseja investir
• Em seguida, escolha o investimento ideal para você aplicar seu dinheiro!
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