Por que fazer uma reserva de emergência?
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Um dos efeitos colaterais da pandemia foi mostrar como é importante ter um planejamento financeiro para momentos de imprevisibilidade. Em termos socioeconômicos, a Covid-19 provocou desemprego, fechamento de estabelecimentos e uma forte restrição ao consumo (por isolamento social e queda na renda).
Como é comum em todas as crises econômico-financeiras, a situação atual expôs um dos principais pilares das finanças pessoais: a estruturação de uma reserva de emergência.
A ideia por trás da reserva de emergência é semelhante à de um seguro, pois visa a proteção contra eventos inesperados de qualquer natureza, como uma reforma indesejada na sua casa, desemprego, acidente de carro, problemas de saúde, entre outros. Nenhum desses eventos são desejáveis, mas acontecem.
E deles é que nasce a importância de planejar uma reserva de emergência coerente à sua percepção de risco para estes eventos, de forma a conseguir ultrapassá-los sem grandes consequências.
Quanto devo guardar para minha reserva?
Na prática, não há uma regra geral para o valor da reserva de emergência. No entanto ela precisa ser suficiente para te ajudar a atravessar momentos difíceis com tranquilidade.
Neste sentido, imagine-se em uma situação hipotética de perda de emprego e que o momento econômico para conseguir uma recolocação seja complexo. Naturalmente, em casos como esse, será necessário reservar mais do que seria recomendado em uma situação de economia aquecida.
No entanto, ainda que não seja regra, é comum no mercado financeiro a recomendação de acumular, em média, entre 6 a 8 meses do seu custo mensal. Portanto, se você tem um custo de vida mensal de R$ 1.000,00, o ideal seria ter, no mínimo R$ 6.000,00 disponíveis (para saque a qualquer momento) em sua reserva de emergência.
É comumente recomendável que, se você tiver um trabalho autônomo, a acumulação de reserva seja de, pelo menos, 12 meses do seu gasto médio dos 12 meses anteriores, já que, diferentemente dos trabalhadores formais (pelo regime da CLT) você não terá nenhum tipo de seguro e/ou multa.
Onde devo investir minha reserva de emergência?
Como emergência não bate na porta avisando quando irá ocorrer é importante que esse recurso seja de resgate rápido, ou seja, investimentos de liquidez diária (D+0 ou D+1). Isso te dará total confiança de poder contar com esse dinheiro quando mais precisar.
Consequentemente, não é recomendado colocar a sua reserva de emergência em produtos voláteis, pois trata-se de um investimento de maior cautela e a finalidade é trazer segurança e tranquilidade, sendo CDBs de renda fixa a melhor opção.