Por:
| Atualizado em

Golpe do Pix: como se proteger nesta Black Friday?

Tempo de leitura: 11 minutos

Em meio à Black Friday, o golpe do Pix fica ainda mais em alta! Leia o artigo e saiba como se proteger dele.

A Black Friday costuma ser uma época com ofertas tentadoras para os consumidores. Porém, junto com as promoções, vários golpes são aplicados na internet, principalmente quando a forma de pagamento ocorre através do famoso Pix

Hoje em dia, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil – e isso chama a atenção de inúmeros golpistas que enxergam brechas para se aproveitar de quem não está atento às dicas de segurança. 

Por conta disso, o blog do Bmg preparou um artigo completo para você entender como funciona o golpe do Pix e quais são as dicas para você evitar cair nas ciladas dos criminosos. Continue a leitura e confira! 

Como funciona o golpe do Pix?

Atualmente, o Pix é o meio de pagamento mais usado no Brasil. Somente em 2023, foram realizadas mais de 42 bilhões de transações, de acordo com informações do Banco Central (BC). 

Lançado no final de 2020, o Pix veio para revolucionar o sistema nacional de pagamento, uma vez que essa forma de pagamento ocorre instantaneamente a qualquer momento do dia, incluindo final de semana e feriado. 

Com tamanha popularidade, o número de crimes na internet tem aumentado cada vez mais. Para você ter uma ideia, os brasileiros perderam mais de R$ 1,5 bilhão com golpes do Pix no ano passado, segundo os dados da empresa de pagamentos em tempo real ACI Worldwide

Geralmente, os crimes envolvendo Pix têm a técnica de phishing por trás, que nada mais é do que o roubo de dados. Quando se trata do “golpe do Pix”, esse tipo de fraude pode acontecer de várias maneiras, mas sempre com o intuito de extorquir a vítima. 

Ou seja, o golpe do Pix pode ocorrer por meio de: 

Clonagem de WhatsApp: o golpista clona a conta da vítima e pede dinheiro para amigos e parentes, sempre com senso de urgência. 
Pix errado: neste caso, o criminoso envia um Pix para a vítima e, logo na sequência, entra em contato dizendo que foi um erro e pede um valor maior na devolução. 
Pix falso: aqui, o golpista envia um comprovante de transação falso, alegando ter feito o pagamento. A vítima, que pode acreditar que o valor foi transferido, libera o produto antes de conferir se houve ou não a transação. 
Falsa central de atendimento: em algumas situações, o criminoso entra em contato com a vítima fingindo ser funcionário de um banco. Com senso de urgência, o golpista pode pedir dados pessoais e senhas, informando problemas na conta bancária. 

→ Leia mais: Golpe do presente de aniversário: descubra como evitar

Como identificar o golpe do Pix na Black Friday?

Como falamos no início deste artigo, a Black Friday costuma ser uma época com promoções tentadoras. Isso é um prato cheio para os criminosos, que aproveitam a impulsividade de muitos consumidores que ficam com o emocional mais “aflorado” quando se deparam com os “super” descontos. 

Por conta disso, o blog do Bmg separou algumas dicas relevantes para você identificar e evitar cair no golpe do Pix nesta Black Friday. Confira a seguir: 

Sites de e-commerce

É importante ficar de olho nos sites oficiais de e-commerce para poder compará-los com sites falsos. Geralmente, os criminosos fazem uma cópia bem fiel ao original, incluindo cor e logo oficiais da marca. 

Com o site falso, o golpista pode roubar dados sensíveis quando a vítima preenche informações de pagamento e de endereço. 

Por isso, sempre vale ficar de olho em detalhes, como o nome do domínio (URL), se a gramática está correta e a qualidade das imagens. Caso haja alguma divergência, provavelmente o site é falso. 

Anúncios em redes sociais

Anúncios em redes sociais também valem a atenção redobrada do consumidor, visto que muitos deles também são falsos, principalmente em épocas como a Black Friday. 

Algumas dicas podem ajudar a verificar se o anúncio é verdadeiro ou não, como: 

• Se o anúncio é publicado por uma conta verificada com selo 
• Se a publicidade contém erros ortográficos e gramaticais 
• Se possui imagens com baixa qualidade 

E-mails

Assim como nas redes sociais, os criminosos também atacam por meio de propagandas enganosas via e-mail. 

Normalmente, o endereço de e-mail falso costuma ser estranho, mesmo contendo o nome da empresa em que o criminoso esteja fingindo ser. 

Por exemplo: um e-mail falso pode ser do tipo 123@paguesuaconta.com, ao invés de consumidor@nomedaempresa.com.br

Além de se atentar ao nome do remetente, também é importante ficar de olho nos pontos abaixo: 

Assunto: o assunto do e-mail pode conter uma mensagem alarmista, com o intuito da vítima abrir o conteúdo o mais rápido possível. 
Conteúdo: fora o assunto, o conteúdo do próprio e-mail também pode pedir informações sensíveis, como identidade pessoal, número da conta bancária e senha do cartão. 
Links: muitos criminosos usam tática de engenharia social para roubar dados da vítima. Ao clicar em links maliciosos, o seu celular pode ser hackeado, como acontece no golpe da mão fantasma

Oferta de cashback

Cashback é uma prática comercial em que o consumidor recebe de volta uma parte do valor que foi gasto em uma compra. 

Como esse programa costuma chamar a atenção do consumidor, os criminosos também veem uma possibilidade de aplicar golpes envolvendo cashback. 

A melhor forma de evitar cair nesse golpe é desconfiando de ofertas muito vantajosas e inesperadas, além de consultar a reputação da empresa e evitar clicar em links suspeitos. 

WhatsApp

Ao receber mensagens de pessoas ou empresas desconhecidas no WhatsApp com promoções inesperadas, procure entender se elas são reais.  

Para isso, verifique se existe selo de verificação (no caso das empresas) ou se a pessoa é realmente algum representante comercial. Além disso, evite clicar em links suspeitos e das mensagens com teor urgente. 

Outra dica para ficar atento quando se trata de WhatsApp é duvidar de mensagens de contatos que precisam de dinheiro imediato. Em alguns casos, os criminosos invadem o aparelho da vítima e se passam por ela, pedindo dinheiro via Pix para “resolver algum problema urgente”. 

Cupons de desconto

Como falamos antes, os golpistas usam e-mails e mensagens de texto para aplicar golpes, e uma das formas de chamar a atenção da vítima é por meio de falsos cupons de desconto. 

Na Black Friday, essa tática é ainda mais usada, visto que a época já é conhecida popularmente por vários descontos. 

Basicamente, ao clicar no link do suposto cupom, a vítima é redirecionada para uma página falsa semelhante ao layout original da empresa em questão. Ali, a vítima pode ter seus dados pessoais roubados ao preencher algum formulário.

Como se proteger do golpe do Pix na Black Friday?

É sempre bom redobrar os cuidados em época de Black Friday, uma vez que a data é conhecida pelo aumento de golpes financeiros. 

Desde outubro de 2024, os criminosos criaram mais de mil sites falsos, segundo levantamento da empresa de consultoria de cibersegurança Redbelt Security

Abaixo, separamos algumas dicas para você se proteger do golpe do Pix nesta Black Friday. Confira: 

Preste atenção ao endereço do site

Como falamos anteriormente, prestar atenção ao domínio (URL) ajuda a saber se o site é suspeito. 

Geralmente, as empresas usam seu próprio nome no endereço do site. Aqui no Banco Bmg, por exemplo, o site oficial é o www.bancobmg.com.br – sem traços, números ou algum caractere especial. 

Desconfie de preços muito baixos

Preços muito baixos podem ser um chamariz para muitos consumidores. No entanto, mesmo com os descontos da Black Friday, é bom desconfiar de ofertas muito tentadoras. 

Um celular que custa, em média, R$ 4.000, não será vendido por apenas R$ 800. Neste exemplo, o desconto seria de 80% − o que seria inviável para o lojista. 

Confira as formas de pagamento com atenção

Ficar atento às formas de pagamento é um ótimo meio de evitar cair em golpes. Por conta disso, faça uma dupla checagem quando for pagar por alguma compra. 

Confira os dados do destinatário

Ao transferir dinheiro via Pix, o ideal é conferir os dados do destinatário com o máximo de atenção, principalmente o nome da pessoa. Você pode consultar a chave Pix através do sistema do Banco Central

Além disso, uma empresa real jamais vai pedir a transferência em nome de alguma pessoa física. Neste caso, o destinatário teria que ser pessoa jurídica (PJ). 

Verifique a reputação da loja

Verificar a reputação da loja é outra forma de investigar se a empresa é real ou não por meio das experiências de outros compradores. Sites como Reclame Aqui também contam com um verificador de autenticidade de sites

Caí no golpe do Pix: o que fazer?

Se por acaso você caiu no golpe do Pix, o primeiro passo é entrar em contato com o seu banco e ver se existe a possibilidade de pedir reembolso. O telefone da central do Bmg é (11) 4002-7007

Cada instituição financeira tem seus próprios critérios de avaliação e, caso seja identificada alguma fraude, o dinheiro pode ser devolvido em até sete dias na conta da vítima. 

Além do mais, também é imprescindível registrar um boletim de ocorrência (B.O.) junto à polícia, já que isso pode ajudar na investigação e punir a pessoa ou organização que aplicou o golpe.  

Clique aqui e saiba mais detalhes no site do Banco Central